Principais Impactos do Déficit de Armazenagem no Brasil

    Principais Impactos do Déficit de Armazenagem no BrasilA expansão das fronteiras agrícolas e o aumento de produtividade nas lavouras brasileiras nos últimos 10 anos têm criado um gargalo que vai muito além dos problemas relacionados ao transporte: a falta de capacidade estática de armazenagem. Fato é que somos um dos maiores produtores rurais, mas ainda não conseguimos estocar o que produzimos.O resultado é um déficit de 86 milhões de toneladas, segundo a Cogo Inteligência em Agronegócio. Se permanecer neste ritmo, estima-se que até 2031 o volume de granéis sem estocagem no Brasil alcance 258 milhões de toneladas.O país fica atrás da Argentina, que armazena 21% da produção na origem, e bem distante da União Europeia, com 50% de armazenagem. Já os Estados Unidos estocam 56%. A causa para o desequilíbrio brasileiro se deve à falta de infraestrutura pós-colheita. Sem contar que em muitas situações, a estocagem é feita de forma inadequada, o que torna o déficit ainda maior.De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a capacidade estática de armazenamento de um país deve ser 1,2 vezes maior que a sua produção anual, o que não ocorre por aqui. A cada ano nossa produção aumenta mais, e com ela os problemas enfrentados pelos produtores são os mesmos, pois de tudo que é produzido, mais de um quarto não tem onde ser guardado.

    Boa Armazenagem Torna a Safra Mais Competitiva

    É preciso também lembrar que se não tivermos um escoamento suficiente da produção, num futuro próximo perderemos competitividade no mercado externo, o que afeta diretamente o crescimento e desenvolvimento do país. Isso porque o sistema de armazenamento representa um dos elos da política agrícola, pois tem a finalidade de garantir um fluxo de abastecimento durante todo o ano, proporcionando maior estabilidade aos preços dos produtos e aos mercados.

    Equilibrar produção e estocagem é, de fato, um desafio. Mas ele pode ser superado a partir de investimentos em infraestrutura. Afinal, quando bem planejado, o complexo de beneficiamento e armazenagem é capaz de suprir a demanda de fluxo sem prejuízos à qualidade do grão. Sem contar que, com infraestrutura pós-colheita, a venda da safra pode ser comercializada no momento mais lucrativo, aumentando a rentabilidade da produção.

    Tecnologia Reduz Perdas 

    Dentre as principais causas de perdas de grãos, além do déficit de armazenagem, o uso de veículos sobrecarregados e estradas precárias comprometem também o aproveitamento da safra. Tais perdas são expressivas, atingindo cerca de 20% do total produzido, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar de ter avançado 2% no último ano, com incremento de 5 milhões de toneladas estocadas, ainda há muito por fazer.

    Nesse sentido, os avanços tecnológicos são o principal aliado para atender aos padrões de armazenagem, evitar perdas durante o deslocamento, garantir a qualidade dos grãos e ainda potencializar a produção. Aliás, muitas soluções digitais disponíveis no Brasil são capazes de mudar este cenário.

    Com o uso destas tecnologias é possível monitorar e gerenciar as operações em tempo real, não apenas da armazenagem, mas da secagem, assim como dos demais sistemas existentes nas unidades de beneficiamento. São sistemas que funcionam a partir de dispositivos conectados, fornecendo dados precisos em tempo real, melhorando cada vez mais a performance dos processos.

    Este tem sido o papel da Kepler Weber: desenvolver projetos completos com tecnologia de ponta para melhorar o déficit de armazenagem em nosso país e conseguir reduzir as perdas pós-colheita por parte dos produtores. Os investimentos realizados nos últimos anos, sobretudo em 2021, são para mudar definitivamente esta realidade e conseguir alavancar cada vez mais o agro brasileiro.

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